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Napa Valley California – traçando um roteiro na região

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Você conhece Napa Valley California? Se tem uma coisa que a gente ama fazer em viagens é visitar regiões produtoras de vinhos. Aliás, uma das nossas motivações para começar o blog foi compartilhar dicas e informações sobre enoturismo, já que sempre damos um jeito de visitar vinícolas quando escolhemos onde vamos passar as férias.

Já estivemos em Napa Valley por duas ocasiões, sendo uma breve e outra um pouquinho mais longa, com uma visitinha à Sonoma. Além das várias vinícolas, há uma infinidade de coisas para fazer e restaurantes deliciosos, comemos muito bem e já deu água na boca só de lembrar! 

Se você curte vinho, veja outras dicas de enoturismo:

Napa Valley California – Planejando a visita

Napa Valley na California é uma região deliciosa e super bonita! Então, mesmo que você não seja um amante do mundo dos vinhos, não recomendamos o famoso bate e volta desde São Francisco. Ainda que a viagem dure pouco mais de uma hora, é um desperdício não dormir pelo menos uma noite por lá.

Na nossa opinião, o ideal é passar pelo menos três noites. Mas pra quem realmente curte a bebida de Baco, é bom reservar uma semana, pois temos certeza que não faltará o que fazer!

A região de Napa Valley na California, é dividida em 16 sub-regiões produtoras, conforme o mapa abaixo:

Fonte: https://napavintners.com/

Para organizar a programação, fizemos um mapinha no Google Maps com todas as vinícolas que pretendíamos visitar. Isto é muito útil quando estamos na estrada, já que é só clicar na atração pretendida e seguir as orientações. Já viu nosso post com dicas de como montar um roteiro de viagem?

O subdistrito mais badalado é Yountville. É lá que estão restaurantes estrelados, como o Bouchon e o The French Laundry, do famoso chef Thomas Keller. Além disso, lá estão vários hotéis luxuosos, como o Bardessono. A vantagem de ficar ali é que dá pra fazer bastante coisa a pé, pois o centrinho é cheio de opções.

Onde ficar em Napa Valley California?

Nesta última visita, em junho deste ano, conseguimos um bom deal e ficamos hospedamos no hotel Senza, que fica próximo ao centro de Napa!

O quarto era excelente, o café da manhã delicioso, o staff super simpático e prestativo e o melhor: uma degustação diária e gratuita no fim de tarde com produtores locais! Não precisamos falar mais nada, né? Já não vemos a hora de voltar! 😃

Mas se você está querendo economizar na hospedagem para gastar em belos exemplares dos vinhos locais, também é possível!  Em 2012, ficamos em um hotel que não curtimos muito, mas temos amigos que se hospedaram no Motel 6 em várias partes da Califórnia, pegaram um quarto renovado em Napa e não se arrependeram. Enfim, há opções para todos os gostos e bolsos!

Vai para Napa? Aqui você encontra as melhores opções de hotel!

Napa Valley Califórnia – Vinícolas visitadas

Foram muitas, mas ainda há várias na nossa lista para uma próxima viagem! 🍷 ♥️ Para facilitar, vamos agrupá-las por distritos:

Napa

Domaine Carneros

Essa vinícola é do grupo da Taittinger (um dos grandes nomes da região de Champagne) e tem uma propriedade linda, que lembra os chateaux franceses. Lá, optamos por fazer a visita guiada com degustação. Acompanhamos todo o processo de produção e degustamos alguns espumantes ao longo do percurso.

No fim, sentamos para degustar os tintos em uma sala super agradável! Olha só a foto abaixo. Além dos ótimos espumantes, gostamos muito do pinot noir dessa propriedade, rótulo que vale à pena levar pra casa.

Se a visita guiada não parecer uma boa ideia, outra opção é sentar na varanda externa e saborear algumas taças! A vista é linda!

Yountville/Stags Leap District

Stag’s Leap Wine Cellars

A Stag’s Leap Wine Cellars foi uma das protagonistas do Julgamento de Paris e, consequentemente,  passou a destacar os vinhos de Napa no cenário internacional.

É bom dizer que há duas propriedades com nome bem parecido e em 2012 nós acabamos parando primeiro na outra, a Stag’s Leap Winery. Só descobrimos o equívoco quando pedimos pra degustar o famoso Cask 23 e nos disseram que não era ali – que mancada! 🤦🏻‍♀️

Chegando ao lugar certo, a degustação tem preço fixo e é feita em mesas altas. Em junho, ela custou 45 dólares e incluiu os seguintes vinhos:

Como a gente adora trocar uma ideia e a atendente era bem legal, ainda conseguimos tomar um vinho que tem uma produção bem pequena, o Heart of Fay, e mais uma taça do Cask 23, que é mesmo sensacional! Achamos bem legal o mapa que eles nos deram com as parcelas dos vinhedos desenhadas – virou um quadrinho bem bacana pra parede de casa!

Os vinhos, em especial os Cabernets, são todos muito interessantes. Vale provar e escolher um ou mais rótulos para levar pra casa!

Oakville / Rutherford

Caymus

Essa vinícola é 100% familiar e MUITO famosa por seus Cabernets, que são realmente espetaculares. A surpresa ficou por conta dos outros vinhos que são produzidos por lá, com destaque para o Zinfandel e para o Merlot da vinícola de uma das filhas do fundador.

A degustação é feita no bar e 5 vinhos estão incluídos, além da taça, por 50 dólares.

Como éramos um casal – e eles sabiam que um de nós estava ao volante – nos disseram que era super ok optar por somente um “flight” e dividir a bebida. Fica essa dica, pois vimos muitas pessoas fazendo isso em várias vinícolas, não é vergonha nenhuma ☺️

Já falamos acima que um bom papo costuma ser recompensado e render “brindes”, né?😃 Na Caymus não foi diferente! O sommelier fez questão de nos servir um Malbec que é feito com uvas plantadas nos Andes e enviadas à vinícola resfriadas para serem processadas do mesmo jeito que os famosos Cabs. Foi uma ótima experiência!

Robert Mondavi

Fomos na Robert Mondavi, em 2012, bem rapidamente. Na visita em 2017, acabamos não conseguindo fazer a visita e fomos só na loja.

A estrutura da vinícola é bem turística. À época, era possível degustar diversos vinhos da carta deles em um bar, com opções de taças e voos (3 vinhos). Também é possível reservar degustações com vinhos mais especiais, além de jantares e almoços harmonizados.

O lugar é bem bonito e a loja (bem americana) enorme e com várias tentações. 😬 Acabamos optando por um Cabernet Sauvignon safra 1996 (isso mesmo, tinha 16 anos quando compramos) por uns 180 dólares. Ah, vale dizer que trouxemos para o Brasil e estava PERFEITO quando abrimos.

Não foi das nossas preferidas, mas se a ideia é ficar em Napa alguns dias, pode ser legal incluir no roteiro. Ou então, dar uma passada para comprar uma boa garrafa de vinho de uma safra mais antiga que pode ser difícil de encontrar nas lojas especializadas.

Opus One

Tá aí uma degustação que estávamos curiosíssimas para fazer! A Mari não conseguiu ir em 2012 e eu fiquei muito animada – e consideravelmente mais pobre 💸💸 – quando consegui marcar uma data em junho. Vale lembrar que esta é uma das únicas visitas que devem ser agendadas em Napa Valley California, nem adianta ir lá se você não tiver feito reserva.

O Opus One é famoso por ser um dos melhores blends californianos, idealizados por ninguém menos do que Robert Mondavi e o Barão Philippe de Rothschild.

Na chegada, a sede já chama muita atenção. De acordo com a nossa guia, a edificação representa a união de duas culturas em busca de um vinho de extrema qualidade.

Em junho, a visita custou 85 dólares por pessoa e incluiu uma breve introdução sobre a história deste deste projeto franco-americano, uma visita aos vinhedos, tanques e sala das barricas, além da hora mais esperada: a degustação do Opus One (safra 2013) e do Overture, que é um outro vinho produzido pela vinícola, que gostamos bastante. Vale destacar que os grupos são pequenos – o nosso tinha seis pessoas – então dá pra se informar bem sobre tudo.

Há um terraço no prédio que pode ser utilizado pelos visitantes para terminar a degustação e contemplar a vista, mas o calor do dia não permitiu que a gente ficasse muito tempo por lá!

No geral, a experiência foi legal, mas não nos encantou. A guia era um pouco empolgada demais e havia um grupo barulhento e mal educado próximo ao nosso na hora do passeio pelos parreirais, o que prejudicou um pouco essa parte. 😟

Como a vinícola é grande e muito conhecida, há muitos turistas que vão ao local mais pelo status do que pela busca de uma experiência diferenciada, exatamente o oposto do que buscamos.

Heitz Cellar 

Sem sombra de dúvidas, uma das melhores visitas que fizemos em ambas as estadas. Ao contrário de todas as outras vinícolas da região, a degustação não é cobrada por lá (!!) e o staff é super simpático, com direito a um cachorrinho anfitrião. 🐶😄

Os vinhos são deliciosos e eles também produzem um vinho do porto. Isso mesmo, eles são a única vinícola fora de Portugal a produzir o vinho fortificado com essa denominação, em razão de um acordo antigo do proprietário com os portugueses.

É bem verdade que o Robert Parker não é muito fã dos vinhos da Heitz, mas não se deixem enganar por meu colega da advocacia (Marcela falando 😊), garantimos que a visita valerá a pena, os vinhos são MUITO bons e com um ótimo preço!

Orin Swift

A história da Orin Swift é bem legal! O fundador usou o nome do meio do pai e o sobrenome de solteira da mãe para criar a vinícola no fim dos anos 90, depois de uma estada na Toscana durante os anos de faculdade e de um trabalho na Robert Mondavi.

A visita é na sala de prova que fica no centrinho de Santa Helena, até porque a marca adquire uvas de diversos produtores locais (mas também faz vinhos com uvas californianas de outras regiões). A atendente foi 10 e ainda nos deu dicas excelentes de restaurantes, adoramos todos!

Há 3 tipos de degustação disponíveis: duas que custam $15 dólares e incluem 4 vinhos, sendo um branco, um rosé e dois tintos e outra que custa $25 e inclui 1 branco e 3 tintos.

Além dos vinhos terem ficado famosos pela qualidade, os rótulos são um caso à parte. O fundador gastava um bom tempo escolhendo as imagens que seriam utilizadas e sem dúvidas o estilo dos labels é um diferencial.

Escolhemos as 2 mais baratas e provamos oito vinhos, todos ótimos!

Calistoga

Chateau Montelena

Outra protagonista do Julgamento de Paris, evento que é considerado a degustação mais importante do século XX, é a Chateau Montelena. Inicialmente famosa pelo seu Chardonnay, a vinícola produz vinhos excelentes e está localizada em uma área lindíssima. A visita permite que mesmo depois da degustação os turistas aproveitem a propriedade, vale super à pena.

A degustação é feita no bar e inclui 5 vinhos. Apesar dos Cabernets serem os mais famosos atualmente, amamos o Zinfandel e trouxemos 2 garrafas pra casa!

Twomey

Grata surpresa por indicação de um funcionário da Ridge, em Sonoma. Tomamos um Pinot Noir sensacional por lá. Foram oferecidos 4 vinhos e como compramos 2 garrafas, não nos cobraram a degustação.

Vale dizer que a Twomey é uma vinícola relativamente nova. Foi fundada em 1999 pela Duncan Family, da Silver Oak, para produção de vinhos com tipos de uvas que não eram aproveitadas na empresa irmã, famosa pelo Cabernet Sauvignon. Um dos enólogos de lá trabalhou décadas no Chateau Pétrus, dá pra imaginar o porquê dos vinhos serem tão bons, né?

E com tanta coisa boa não é difícil imaginar porque a gente já quer voltar né? Além de todas as que visitamos ainda tem muita coisa pra conhecer!

E se você ainda é novo no universo do vinho leia sobre Tipos diferentes de vinhos  no blog Let´s Fly away.

Links úteis:

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Restaurantes

Vinícolas

   
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